Como estimular os bebês?

A presença e o apoio afetuoso de um adulto é algo imprescindível para o crescimento saudável do bebê, assim como oferecer-lhe um ambiente acolhedor, alegre, tranquilo e seguro, com possibilidades variadas para que ele possa explorar e potencializar o processo de descobertas, superações e conquistas. Para estimular o bebê, a relação afetiva, indispensável com o cuidador/ educador, é construída nos momentos de banho, do sono, das trocas, da alimentação, das conversas e das brincadeiras.

As estimulações também podem ser desenvolvidas a partir de atividades planejadas, que oferecem experiências que irão favorecer o desenvolvimento integral (motor, linguagem, percepção visual e auditiva), a curiosidade e as relações com as pessoas, com respeito ao limite e à individualidade de cada um.

O berçário, espaço ofertado por muitas escolas de Educação Infantil, engloba um dos grupos por faixa etária estabelecido pela BNCC: bebês de 0 a 1 ano e 6 meses. Educadores como Paulo Fochi, Emmi Pickler e Fernanda Clímaco nos trazem a compreensão de que o berçário é um contexto rico de aprendizagem. Portanto, quem atua neste ambiente da escola deve ter um olhar especial para os bebês, para todos os espaços e situações. As berçaristas são aquelas pessoas que educam cuidando e cuidam educando, com atenção às vivências que serão oportunizadas para a construção da autonomia e da preservação da segurança.

Mas como estimular os bebês?

1- Preparando um ambiente com variedade de materiais e de objetos como potes, tecidos, espelhos, caixas, chocalhos e livros;

2- Incentivando com brinquedos do cotidiano, de diferentes cores, texturas, encaixes e materiais sensoriais;

3- Englobando na prática uma rotina organizada para que os cuidados sejam estabelecidos e para que as estimulações com intencionalidades sejam concretizadas: rolar bola, dispor objetos que produzam sons, ficar de bruços, jogos simbólicos (exemplo: esconde-esconde, brincadeiras com a voz, expressões), circuitos com obstáculos de almofadas, rampas e túneis, vivências com o próprio corpo; ouvir músicas e brincar;

4- Lendo histórias para eles, interagindo e conversando;

5-  Nomeando o que se está vendo;

6- Pronunciando o nome das crianças e das pessoas de seu meio social.

Os bebês percebem o ambiente à sua volta e tudo para eles é aprendizado. Portanto, os espaços e os materiais devem ser considerados em cada ação. Citando Fernanda Clímaco, “na educação Infantil, precisamos de adultos competentes, para proporcionar aos bebês possibilidades que os tornem crianças curiosas, criativas e vigorosas.”

Alessandra Márcia Diniz Saraiva
Coordenadora Pedagógica

Escola Bilboquê Gutierrez