No segundo ciclo da Educação Infantil, de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as crianças de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses são sujeitos que questionam, observam e constroem conhecimentos. É de competência do professor valorizar a participação ativa das crianças bem pequenas no espaço escolar, como elemento essencial de suas práticas. Protagonistas no processo ensino-aprendizagem, elas participam do seu próprio desenvolvimento pessoal e social. Mas para que isso aconteça, é necessário ter a sensibilidade de oferecer experiências de qualidade que atendam suas expectativas.
A figura do professor, então, passa a ser a de um mediador entre o conhecimento e a criança, permitindo que ela consiga explorar o mundo de uma maneira mais autônoma. Sendo assim, a escola deve dispor de um espaço preparado para atender e desenvolver a autonomia dos alunos, buscando ser um ambiente acolhedor, com locais caracterizados com produções dos pequenos nas salas de aula, nos espaços externos, etc.
A participação da criança não deve ser apenas nos momentos das atividades. Ela tem que ser visível a todo instante, seja quando deixamos com que a criança participe da escolha de projetos, seja no caminho que será percorrido, considerando seus interesses e suas necessidades.
Escutar a voz das crianças bem pequenas no espaço escolar faz com que elas vivenciem e sintam-se pertencentes ao ambiente de maneira significativa, desenvolvendo a autonomia e o autoconhecimento. Percebe-se, então, que: “a infância é a base da criatividade e a busca no novo”. Cabe, portanto, ao professor ser agente facilitador e incentivador, como dizia Jean Piaget: “o professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir e criar situações-problemas”.
Emmilly dos Santos
Professora do Maternal 1
Escola Bilboquê Vila da Serra