Atualmente, a educação inclusiva é um tema amplamente discutido no espaço escolar. Por isso, é necessário tirarmos as práticas inclusivas do papel e trazê-las para o dia a dia da gestão. Mas como podemos facilitar esse processo e oferecer ações e recursos para que ela aconteça?
Primeiro passo: conhecimento de qualidade
O primeiro passo é adquirir conhecimento de qualidade, pois as informações que envolvem as práticas inclusivas têm se atualizado de forma muito rápida e os gestores precisam acompanhar essa transformação. Dessa forma, um bom embasamento teórico faz com que o gestor compreenda bem cada processo, desde a identificação e avaliação de transtornos ou deficiências até os desdobramentos no ambiente escolar. Isso facilita a prática e traz mais segurança para traçar as ações em conjunto com a equipe.
Treinamento e preparo da comunidade escolar
O segundo passo é treinar e preparar o seu corpo docente. Depois de adquirir o conhecimento necessário, ele precisa ser compartilhado de forma clara e efetiva com a equipe. Isso pode acontecer por meio de encontros de formação, assessorias e reuniões sob demanda. Além disso, a escola pode proporcionar treinamentos complementares com profissionais externos. Assim, podemos aprimorar o conhecimento e sanar possíveis dúvidas sobre a educação inclusiva.
Ações inclusivas: Planificação e PDI
Com uma equipe bem informada no âmbito teórico, partimos para a prática – que é ainda mais desafiadora. Agora, o gestor precisa proporcionar um diálogo entre toda a equipe interdisciplinar que acompanha a criança. Dessa maneira, as ações poderão ser alinhadas entre todos os setores e profissionais envolvidos.
A criação de um PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) é necessária na maioria dos casos. Este documento irá definir os objetivos e ações que envolvem a inclusão de cada criança. Para isso, é importante que todo o ambiente seja transformado e esteja propício a adaptações. Afinal de contas, a inclusão não deve atingir apenas um aluno específico que apresenta dificuldades para aprender. As ações inclusivas devem ser pensadas para todos que estão envolvidos em seu meio.
Qual o papel do gestor escolar?
Para colocar a educação inclusiva em prática, é preciso uma mudança na perspectiva educacional dos professores e gestores. Portanto, é papel dos gestores educacionais proporcionar:
- Treinamento eficaz;
- Diálogo entre equipe interna;
- Projetos direcionados às famílias;
- Acompanhamento e avaliação constante das ações e seus resultados.
Mas lembre-se de que inúmeros desafios irão surgir, mesmo depois de todas essas ações. Por isso, tenha em mente que a inclusão é um movimento que precisa ser constantemente atualizado e reavaliado. Além disso, a parceria entre família, escola, gestores educacionais e equipe deve ser cultivada e incentivada diariamente. Assim, todos os esforços serão refletidos nos resultados.
Larissa Assis
Coordenadora do setor de Psicologia
Escola Bilboquê