Educar vai além de ensinar. É mais do que lecionar conteúdos programáticos. É a capacidade de olhar para os lados, para frente e para trás, abrindo mão do que é nosso para dar, de coração escancarado, ao outro. Educar é um ato de amor.
Educar não é mudar mentes, é deixar transformar-se de forma autônoma, leve e natural. Educar tem seus desafios, seus dias pesados, mas, no fundo, é como um profundo que vem à superfície. O mestre não se vê em outro lugar, de outra forma, vivendo e pensando de outra maneira.
É como disse Paulo Freire, patrono da Educação: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 2003). Sendo assim, a educação não oprime, não aumenta as barreiras ou as dificuldades. Pelo contrário, é um meio para abrir mentes, conectando saberes com liberdade e autonomia.
A infância é apaixonante. É como um sábado à tarde sob o balanço da copa das árvores. Sem relógio, sem pressa. No mesmo ritmo, a infância flui. Com a educação, a infância é fluida. Na escola, formamos seres pensantes e que defendem o que, de fato, acreditam. A criança é convidada a “reinventar” o mundo. Por isso, é tão importante provocar situações desafiadoras que possam tirá-la da sua zona de conforto. Criando hipóteses e levantando ideias, as crianças são as verdadeiras protagonistas de todo o seu processo de desenvolvimento.
Neste cenário, o educador propõe ações, intervenções e contextos de aprendizagens. Ensinar é possibilitar o diálogo por meio da escuta e da fala e, ao mesmo tempo, dar voz para que cada pequeno indivíduo possa conquistar o mundo. Sim, educar é mesmo um ato de amor.
Fernanda Pires
Estagiária de Pedagogia
Escola Bilboquê Gutierrez
Referências bibliográficas:
FREIRE, P. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.