Para que a liderança esteja cada vez mais próxima de sua equipe, são necessárias algumas estratégias para desenvolver uma gestão humanizada na escola. Quando o assunto é gestão, podemos falar de diversas linhas, teorias e abordagens, mas há algo em comum que atravessa todos os gestores e ambientes de trabalho: as constantes mudanças sociais e como elas interferem na maneira de liderar. A sociedade muda, as escolas mudam e as pessoas que trabalham nesse ambiente também. É diante das mudanças, portanto, que a gestão que caminha junto e se coloca como parceira de seus colaboradores pode alcançar ótimos resultados.
Mas, antes, é preciso entender: o que é uma gestão humanizada?
A gestão humanizada é um modelo que se baseia em relações de troca e integração entre uma equipe e seus líderes. As relações são permeadas pela escuta e diálogo, e não pelo autoritarismo. Na gestão humanizada na escola, a equipe tem abertura para expor suas opiniões, questionar estratégias e sugerir melhorias. Isso confere uma sensação de pertencimento a todos que compõem o grupo.
Dentro da escola, é importante que todos estejam envolvidos nas decisões e nos planejamentos anuais. A melhor maneira de fazer isso é proporcionar, durante o ano letivo, encontros e assessorias para que os colaboradores sejam escutados tanto em suas angustias em relação ao trabalho, quanto nas sugestões que podem trazer melhorias coletivas. Assim, a escola assimila as necessidades da equipe, conseguindo alinhá-las aos processos institucionais. Diante disso, podemos desenvolver algumas estratégias para instituir uma gestão humanizada na escola.
A gestão humanizada na prática
- Proporcionar uma comunicação assertiva: promover diálogos saudáveis entre líderes e liderados, com transparência, respeito e boa escuta.
- Colocar as ideias em prática: além de escutar as ideias, críticas e sugestões dos colaboradores, realmente colocá-las para funcionar no dia-a-dia. Proporcionar mudanças reais no ambiente de trabalho e na organização do ano letivo, por meio daquilo que a equipe apresenta e propõe.
- Promover a autonomia e criatividade: Permitir, quando for possível, que o colaborador participe dos processos de organização elaborados pela gestão, como por exemplo: organização da sua rotina, gestão de tempo, criação de projetos, etc.
Essas mudanças, de uma gestão tradicional e vertical para uma gestão humanizada e horizontal, trazem diversos benefícios e resultados. Elas influenciam diretamente no comportamento e desempenho dos colaboradores, permitindo que eles sejam mais participativos. Dessa forma, contribuímos para o interesse, produtividade e satisfação no ambiente de trabalho. Além disso, potencializamos a performance da direção e, no caso da escola, as consequências serão refletidas também nas crianças.
LÜCK, Heloísa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.