O uso do bico: como o hábito interfere no desenvolvimento do seu filho?

O uso excessivo e repetitivo do bico é conhecido como um hábito oral deletério, assim como a sucção digital (chupar dedo) e do sugar da mamadeira. Esses hábitos costumam prejudicar a maturação adequada das funções da face. Por causa da contração muscular repetitiva. No entanto, você deve estar se perguntando: ao amamentar, o bebê não faz o mesmo?

O ato de sugar na amamentação.

O ato de sugar/sucção é um comportamento natural do bebê, observado desde sua formação durante a gestação. Sendo responsável pelo desenvolvimento e crescimento adequado dos músculos da face, boca e dos dentes.

Afinal, preparam estruturas importantes para as funções de fono articulação (fala e linguagem oral), mastigação, deglutição (ato de engolir) e até mesmo a respiração.

Então, as crianças não podem usar bico? Existem vários estudos que demonstram pontos positivos e negativos quanto ao uso, principalmente se ocorrer por um tempo prolongado.

O uso do bico em crianças

O uso do bico após os 3 anos pode acarretar alterações dentárias, bruxismo, dificuldades em manter os lábios fechados/unidos. Além de enfraquecimento muscular de língua e lábios.

Ademais, se torna um fator de risco para a respiração oral. Tudo isso dependerá também de fatores como frequência, duração, intensidade do uso e predisposição genética.

Como suspender o uso do bico?

E como podemos suspender esse hábito? Inicialmente, temos que entender o porquê do hábito, a qual fator a criança atribui o uso do bico e, para isso, é essencial a compreensão e o apoio da família.

Mudar uma rotina exige diálogo, entendimento e acolhimento. É necessário criar novas estratégicas para o enfrentamento sem o uso do bico, sem puni-las ou ameaçá-las.

Ações para parar de usar bico

Para o amadurecimento da criança é necessário propor experiências. Dessa forma, contando histórias de forma lúdica, mostrando imagens, criando lembretes junto com elas. Seja para espalhar pela casa ou quadros controles para usar junto com os pais e anotar o tempo que ela ficou sem o bico.

Lembrando sempre de elogiar cada vez que ela fica sem ele. Desse modo, criando o reforço positivo, teremos uma cooperação da própria criança para abandonar o hábito.

Por isso, é importante salientar que o sucesso desse trabalho depende da colaboração e da participação dos pais e dos demais cuidadores junto ao conhecimento adquirido da criança.

Por fim, para ajudar nesse processo, os livros podem ser ótimos aliados para conscientização e entendimento sobre a retirada do bico. Sendo assim, aqui abaixo estão listados algumas dicas de literatura:

Ademais, a Bilboquê conta com a fonoaudiologia educacional para auxiliar os alunos nesse momento de transição!

Camila Maciel de Rezende e Ludmila Oliveira Coelho
Equipe de Fonoaudiologia
Escola Bilboquê