Muito já se sabe sobre a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem. Na prática, escolar, percebemos que, quando a relação afetiva entre o professor e seus alunos é positiva, o desenvolvimento acontece de forma saudável e natural.
Você já parou para se lembrar do que mais tinha prazer em aprender na escola? Quando fazemos essa pergunta, a maioria das pessoas cita o que aprendia com os professores e como eles se envolviam para criar uma forte relação afetiva.
É comum escutar: “Eu adorava a aula de ciências porque era ministrada pelo professor que eu mais gostava”.
Desenvolvimento da afetividade na aprendizagem.
O desenvolvimento cognitivo está diretamente ligado às vivências e às experiências que a relação professor-aluno possibilita no dia a dia.
Ademais, quando a criança se sente acolhida no espaço escolar e cria laços com o professor, os caminhos se abrem para que a aprendizagem aconteça de maneira significativa.
Para Vygotsky, o intelecto, o afetivo e as relações sociais não podem ser estudados separadamente, pois há uma ponte entre pensamento, emoção e relação que os tornam interdependentes.
Portanto, não podemos dizer que sem afeto não há desenvolvimento cognitivo, mas podemos afirmar, com certeza, que, por meio do afeto, ele acontece com mais eficiência.
Daí a importância do conhecimento do professor para cuidar da conexão que estabelece com seus alunos, uma vez que uma relação afetiva entre eles pode ser como uma semente plantada em terra fértil: germina rapidamente e gera frutos de qualidade.
Formação dos professores focada em afetividade
É indispensável que na formação de professores, esse assunto seja abordado com a devida importância. Ou seja, para que o afeto não seja visto apenas como algo paliativo na conduta de uma situação.
Mas, que seja compreendido como uma das principais ferramentas de aprendizagem usadas na elaboração de projetos que geram reflexões sobre os sentimentos nas relações escolares.
Por fim, a afetividade na aprendizagem, na prática diária, está muito além de abraçar e dar carinho. Mas está, principalmente, na escuta, no acolhimento e na interação entre professor e criança.
Larissa Assis
Psicóloga Escolar
Escola Bilboquê Vila da Serra